O Google lançou o Google Analytics 4 em 2020, uma nova versão do Google Analytics que vai se tornar a versão padrão da ferramenta. Além disso, foi anunciado que até junho de 2023 não teremos mais o Google Analytics Universal ativo.
Portanto, há muitas perguntas sobre como vai ficar. Para onde vão os dados? Qual é a diferença entre GA4 e Universal? A ferramenta é paga? Vou perder meus dados?
Muita calma nessa hora galera do Marketing Digital! Nós da BRain8 vamos explicar tudo para você neste artigo aqui. Você vai entender as diferenças entre as versões, os cuidados e muito mais!
Primeiro, o que é o Google Analytics 4?
Após quase 15 anos de Google Analytics Universal, o Google decidiu se adaptar às novas tendências do mercado. A empresa criou uma versão mais adequada aos tempos em que vivemos, como, por exemplo, o ponto final dos cookies.
Até o momento em que escrevo este artigo, a versão padrão do Google Analytics é o GA4. Além de transformar toda a interface visual da ferramenta, algumas funcionalidades também mudaram, como por exemplo, a forma como os dados são capturados e os relatórios. É bom lembrar que o nome é porque esta é a 4ª versão do Google Analytics.
E como vai funcionar o Google Analytics 4?
O GA Universal foi baseado em pageviews, ou seja, cada vez que uma página da web é carregada, o código do Google Analytics é carregado. Portanto, tudo dependia desse tipo de coleta.
Além disso, o GA era voltado e desenvolvido para sites. O mercado, por outro lado, está se tornando cada vez mais complexo e competitivo. Portanto, o Google precisava se moldar para que a sua ferramenta funcionasse também em aplicativos e o GA4 veio justamente para “atacar” esses três temas: aplicativo, web e App + Web.
O método de coleta do GA4 é baseado em eventos, mas quais são os eventos? Esses eventos são as interações do usuário com seu site ou aplicativo, como clicar em um menu, rolar uma página para baixo e realizar uma pesquisa em um site, por exemplo.
Em poucas palavras, cada ação que nosso usuário realiza em um site ou aplicativo é um evento para a ferramenta. No GA4, tudo é baseado nisso e não nas pageviews. Uma das precauções de segurança mais importantes que devemos ter ao usar o GA4 é que ele não irá dar moleza e nem nos deixar na zona de conforto como o GA Universal nos deixa!
Quais as principais diferenças do Universal e GA4?
No GA Universal, quando colocamos a tag de pageview (visualizações de página), conseguimos gerar 70% de relatórios prontos. E isso deixou muitas pessoas acomodadas. Isso fez as pessoas acreditarem que a instalação era fácil, afinal “tudo” já estava configurado, mas o GA4 mudou isso.
Agora não vai ser só instalar o GA4. Nesta nova versão, temos os seguintes eventos que já virão configurados como padrão na ferramenta:
Tirando esses eventos, temos vários outros eventos pré-configurados: sites (12) e aplicativos (85). Você pode ver a lista completa aqui.
Portanto, é muito importante que você compreenda o que é um plano de mensuração e comece a usá-lo antes de criar uma conta no GA4. Afinal de contas, é por meio do plano de mensuração que você saberá o que é importante e deixará configurado e anotado para não perder os dados. Caso contrário, você poderá perder ou sentir falta de alguma informação durante a análise.
Agora que você entende o que é GA4 e como coleta os dados, você pode estar se perguntando, o que mais está mudando?
A estrutura da conta do GA4 também mudou comparado ao Universal e o que antes era separado em Conta, Propriedade e Vista.
Agora no GA4 é separado por Conta, Propriedade e Fluxo de Dados:
Agora você pode medir o desempenho do seu site, aplicativos iOS e Android. Além disso, também é possível medir o fluxo do site + aplicativo, aliás até mesmo o nome GA4 era originalmente Web + App, porque você pode medir os dados de duas maneiras.
Vale ressaltar que o GA4 para aplicativos não opera só. Requer a criação do Firebase, uma ferramenta exclusiva do Google para mensurar, organizar e analisar. Por isso, quando for criar um fluxo de dados de aplicativo, você precisará obrigatoriamente criar uma conta do Firebase.
Basicamente, as alterações na estrutura na conta são essas. As vistas não existem mais e, se você quiser criar uma “visualização”, precisará usar o Google Data Studio para fazer isso. Até aqui foi tranquilo, não foi?
GA4 e suas métricas exclusivas
Eu sei que toda essa mudança é chocante e dá até certo medo, mas tem muita coisa boa que o GA4 traz, como algumas métricas exclusivas. Sim, agora temos novas métricas no GA4!
Agora vamos ver 4 novas métricas?
No entanto, poucas pessoas sabem, mas a taxa de rejeição do Universal não tem nada a ver com o tempo. Na verdade, depende se o usuário interage com seu site ou não. Assim, essa interação é contada quando o usuário muda de página
- Sessões engajadas por usuário: é o número de sessões engajadas por usuário, calculado com base na média de sessões engajadas de cada usuário;
- Tempo médio de engajamento: o tempo médio de engajamento mede o tempo que o app ou o site ficou em primeiro plano no navegador ou celular do usuário;
- Taxa de engajamento:é a porcentagem de sessões que interagiram, lembrando que por padrão a interação aqui são sessões que ficam mais do que 10 segundos com o site ou app aberto em primeiro plano.
Mudanças no tagueamento de URLs
Sim! Nossos pedidos foram atendidos! Agora o GA4 aumentou os parâmetros de tagueamento de URLs.
Os tagueamentos de URL são utilizados para medir corretamente as campanhas e todo e qualquer tráfego gerado.
No universal existiam apenas 5 informações que poderiam ser passadas na URL para conseguirmos enxergar no relatório de Aquisição que eram:
- Source = Origem da vista
- Medium = Mídia da vista
- Campaign = Campanha da vista
- Term = Palavra – chave (específico para google ads)
- Content = Conteúdo do anúncio
Agora com o GA4 foram incluídos os parâmetros:
- Source_Platform = Plataforma de origem da vista (específica para APPS)
- Creative_Format = Formato do criativo que originou a visita
- Marketing_tactic = Tática de marketing que originou a vista
Podemos, é claro, colocar o que quisermos em cada parâmetro, mas o mais importante é a riqueza das informações que teremos e a rapidez nas análises direto do GA.
Viu eu disse que tinha muita coisa legal! Mas, você deve saber que existem algumas limitações no GA4. Olha só!
- Contas: Cada conta de gmail pode criar e administrar no máximo 1000 contas de Google Analytics
- Propriedade: Cada conta do Google Analytics pode ter até 100 propriedades
Agora que você aprendeu mais sobre o GA4, deve estar se perguntando…Para onde vão os dados?
Em junho de 2023 todas as contas do GA Universal vão parar de computar dados, resumindo, não teremos mais nenhum dado novo na plataforma.
Quanto aos dados históricos, o Google ainda não se pronunciou se os mesmos serão mantidos ou se ele acabará com a ferramenta. O que sabemos é que os dados não serão mais coletados, contudo ainda será possível acessá-los por um período.
Se por acaso, você estava pensando em migrar os dados do Universal para o GA4, fique sabendo que isso não é possível e provavelmente nunca será, afinal a forma da coleta, métricas e outros fatores são diferentes.
Esperamos que esse artigo tenha esclarecido algumas dúvidas e ajudado a compreender melhor sobre a diferença entre o Google Analytics e o GA4. E se precisar de ajuda para entender mais sobre essa nova versão do GA, conte com a gente!